quarta-feira, 30 de setembro de 2015

PERSEVERANÇA


Seja um grande empreendedor.
Se empreender, não tenha medo de falhar.
Se falhar, não tenha medo de chorar.
Se chorar, repense sua vida, mas não recue.
Dê sempre uma nova chance para si mesmo.
 (Augusto Cury) 


PERSEVERANÇA


A palavra perseverança vem do latim “perseverantĭa”. Podemos defini-la como sendo a ação e o efeito de perseverar, ou seja, o ato de se manter constante e firme ao longo de um projeto já iniciado, perante uma determinada atitude, mesmo que o objetivo seja difícil de concretizar e, por mais adversas que sejam as circunstâncias envolvidas.

A vida nos traz inúmeros exemplos de pessoas que alcançaram suas metas, ultrapassando todos os obstáculos por não terem desistido de seus sonhos e nem sucumbido aos nãos que receberam da vida, que recomeçaram tantas vezes quantas foram necessárias e, através do foco e da disciplina, alcançaram o sucesso. Abaixo vamos citar dois casos, entre milhares que poderíamos destacar.

Caso 1- Marcos Evangelista, tinha atingido 15 anos, a idade em que a maioria dos garotos pobres começa a trabalhar para ajudar no orçamento da casa. Os irmãos mais velhos já davam duro. Marcelo era envernizador de móveis e Maurício trabalhava de entregador para a empresa alimentícia Pullman. Os amigos diziam que ele deveria tentar um emprego de office-boy. Não foi o que Marcos fez. Pôs as chuteiras debaixo do braço e decidiu tentar a sorte num grande clube. Fez nove peneiras e acabou dispensado das nove.

Começou no time do coração, o São Paulo. Levou um cartão de recomendação de Pedro Rocha e jogou quinze minutos pela ponta-direita. O treinador, Firmo de Mello, responsável pelo quadro infantil, olhou, olhou e sentenciou: "Você é bom, mas aqui só tem jogador de seleção". Marcos insistiu uma segunda vez, agora escoltado pessoalmente por Rocha. Treinou 20 minutos e, de novo, viu o dedo do treinador balançar feito limpador de para-brisa. "Fiquei mordido", conta ele. Voltou mais uma vez. Firmo encarou o garoto: "Não te conheço de algum lugar"? Conhecia. O ano terminou com Marcos cada vez mais longe dos gramados.

                  Marcos estava parecendo farinha. Passava pelas peneiras e não parava em nenhuma. Cara de pau, ele chegou a insistir uma vez mais com o São Paulo. "Você de novo!", recepcionou o velho conhecido Firmo de Mello, agora treinador do juvenil. "Oi e tchau". Já que não o queriam no São Paulo, o jeito era tentar outro time. Com um cartão de recomendação de Ivair, o Príncipe, estrela da Portuguesa nos anos 60 e professor da escolinha Crack, Marcos rumou numa segunda-feira para a peneira do Canindé. Só que passou a tarde toda esperando a oportunidade no alambrado. Voltou terça, quarta, quinta e sexta. “Pichu”, treinador à época, pediu que ele retornasse na semana seguinte. Não é que ele voltou mesmo?! Depois de um rápido bate-bola, adivinhe, ele acabou dispensado.

A história se repetiu no Palmeiras, Corinthians e Atlético Mineiro. Marcos já pensava em desistir quando recebeu um recado de Wanderley, ex-professor da Crack, escolinha de futebol onde ele jogava. O amigo estava treinando o Nacional, um time da divisão intermediária da capital paulista, e tinha arrumado uma vaga para ele no juvenil. Marcos, nem precisou fazer teste. Virou titular de cara.

Mas o azar continuou a lhe perseguir naquela época. Adivinhe quem seria o seu treinador no Nacional? Pichu, o mesmo homem que o havia barrado na peneira da Portuguesa. "Ele me olhava, olhava e não reconhecia", lembra Marcos. No começo, até deu para virar titular. Mas só no começo. Era o efeito Pichu de novo. E Pichu tirou o jogador do time e depois do clube, ao dispensá-lo.

Na época restou a Marcos vestir a camisa do Guarani do Jardim Irene. Logo sua fama se espalhou pela zona sul de São Paulo. Foi quando João Alemão, técnico que reivindica a descoberta do craque, foi observá-lo, atuando em campo: "Falaram de um garoto magrinho que jogava um bolão. Fui assistir a três jogos e vi que Marcos era um talento", conta João Alemão. Alemão não perdeu tempo e levou a jovem promessa para o seu time, o Itaquaquecetuba, da terceira divisão do futebol paulista. Como lá existiam outros dois Marcos, era preciso rebatizar aquele rapaz. Primeiro, virou Cafuringa, por ser tão rápido quanto o ponta do Fluminense, das décadas de 60 e 70. Depois, Cafuringa virou Cafu e, em pouco tempo, o azar começou a largar o pé do menino.

Marcos Evangelista de Morais, mais conhecido como Cafu (São Paulo7 de junho de 1970), é um ex-futebolista brasileiro. Ele é o recordista de jogos pela Seleção Brasileira, com 149 partidas. Fez parte das equipes vencedoras das Copas do Mundo de 1994 e 2002, sendo que na última levantou o troféu como capitão, além de ter disputado as copas de 1998 e 2006. É o único jogador no planeta a ter disputado três finais consecutivas de Copa do Mundo (1994, 1998, 2002).

 Cafu, também é o jogador brasileiro com mais partidas disputadas em Copa do Mundo: entrou em campo 20 vezes, além de ser recordista mundial em número de vitórias em Copas, totalizando 16 vitórias. Em 2001, Cafu criou sua própria Fundação, onde atende jovens carentes do Jardim Irene e bairros vizinhos, promovendo vários projetos de desenvolvimento e inclusão social. 

Pergunta: Alguém teria conhecido a história de Cafu se ele não tivesse perseverado em seu objetivo?
Caso 2- Paulo Coelho. Nascido numa família de classe alta, Paulo, desde muito novo, gostava de escrever e mantinha um diário. No colégio, participava de concursos de poesia e cursos de teatro. No entanto, seu pai queria que ele fosse engenheiro, e sua mãe desestimulava Paulo a seguir a carreira de escritor. As brigas com os pais eram constantes e Paulo teve muitas crises de depressão e raiva na adolescência, tendo sido internado três vezes em uma clínica, onde foi tratado por psicólogos.
Na década de 1960, entra para o mundo do teatro, como diretor e ator, criando peças voltadas ao teatro experimental e de vanguarda, mas obtendo pouca expressividade. No início da década seguinte, em 1970, Paulo entra de cabeça no movimento hippie, além de diretor e ator teatral, exerce também a função de jornalista em publicações alternativas com as revistas "A Pomba" e "2001", quando em 1972 conhece Raul Seixas, então executivo da gravadora CBS. Os dois se tornam parceiros em diversas músicas que exerceriam influência no rock brasileiro.  Compõe também para diversos intérpretes, tais como Elis Regina, Rita Lee e Rosana Fienngo, mas sem nunca abandonar o sonho de se tornar escritor.
A edição do seu primeiro livro foi em 1982, Arquivos do inferno, que não teve repercussão desejada. Lançou o seu segundo livro O Manual Prático do Vampirismo em 1985, que logo mandou recolher, considerando o trabalho de má qualidade. Conforme suas próprias palavras, confessa: "O mito é interessante, o livro é péssimo".
Em 1986, Paulo Coelho conheceu a viagem de peregrinação pelo Caminho de Santiago. Percorreu quase 700 km do sul da França até a cidade de Santiago de Compostela, na Galiza, experiência de que retirou detalhes para o seu livro O Diário de um Mago, editado em 1987.
No ano seguinte, 1988, publicou O Alquimista. Curiosamente, um ano antes a obra fora recusada por um editor que o achara ruim. Paulo não desistiu e encontrou quem apostasse na obra e, apesar de sua lenta vendagem inicial o que provocou a desistência do seu primeiro editor, se transformaria no livro brasileiro mais vendido em todos os tempos; Desde então, o livro não saiu da lista dos mais vendidos do jornal The New York Times. O Alquimista é um dos mais importantes fenômenos literários do século XX. Chegou ao primeiro lugar da lista dos mais vendidos em 18 países e vendeu, até o momento, mais de 65 milhões de exemplares. Nos anos subsequentes, foram lançados os seguintes livros: Brida (1990), As Valkírias (1992), Na Margem do Rio Piedra Eu Sentei e Chorei (1994), Maktub (1994), O Monte Cinco (1996), Manual do Guerreiro da Luz (1997), Veronika Decide Morrer (1998), O Demônio e a Srtª Prym (2000), Histórias para Pais, Filhos e Netos (2001), Onze Minutos (2003), O Gênio e as Rosas (2004), O Zahir (2005), A Bruxa de Porto bello (2006), Ser Como o Rio Que Flui (2006), O Vencedor Está Só (2008), O Aleph (2010), Fábulas (2011), Manuscrito Encontrado em Accra (2012), Adultério (2014).
Como escritor, ocupa as primeiras posições no ranking dos livros mais vendidos no mundo. Vendeu, até hoje, um total de mais de 100 milhões de livros, em mais de 150 países, tendo suas obras traduzidas para 66 idiomas e sendo o autor mais vendido em língua portuguesa de todos os tempos, ultrapassando até mesmo Jorge Amado, cujas vendas somam 55 milhões de livros.
Em 25 de julho de 2002, Coelho foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. A instituição tinha um histórico de rejeitar autores de sucesso, ditos "populares" - e dela ficaram fora Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Moraes, Mário Quintana e outros tantos autores reconhecidos.
Em setembro de 2007, a ONU nomeou o escritor Paulo Coelho seu novo "Mensageiro da Paz", ao lado da princesa jordaniana, Haya, do maestro argentino-israelense Daniel Barenboim e da violinista japonesa Midori Goto. O anúncio foi feito durante a cerimônia de comemoração do Dia Internacional da Paz, na sede da ONU em Nova Iorque presidida pelo secretário-geral da entidade, Ban Ki-moon.
"Aceito com gosto esta responsabilidade e me comprometo a fazer o máximo para melhorar o futuro desta e das próximas gerações", declarou o escritor brasileiro ao saber de sua nomeação. Os Mensageiros da Paz são designados pessoalmente pelo secretário-geral das Nações Unidas, com base em seu trabalho em campos como artes plásticas, literatura ou esporte, e seu compromisso de colaborar com os objetivos da ONU.
Para perseveremos em um objetivo é necessário que sua realização venha a trazer sentido para nossas vidas, devemos desejar profundo, pois como diria o próprio Paulo Coelho, na obra o Alquimista: “Quando você quer alguma coisa, todo o universo conspira para que você realize o seu desejo”, ou, como diz Bill Gates, fundador da Microsoft, em uma de suas frases: “Tente uma, duas, três vezes e se possível tente a quarta, a quinta e quantas vezes for necessário. Só não desista nas primeiras tentativas, a persistência é amiga da conquista. Se você quer chegar aonde a maioria não chega, faça o que a maioria não faz”.

Recentemente, uma rede bastante conhecida de postos de combustíveis, lançou uma propaganda bastante inspiradora sobre perseverança, cujos dizeres transcrevemos abaixo:

“Se você for tentar, vá até o fim. Se não nem comece. Vá até o fim. Isso pode significar perder amores, amigos, empregos e talvez até a cabeça. Vá até o fim. Isso pode significar três ou quatro dias sem comer. Isso pode significar congelar em um banco de parque. Isso pode significar deboche, rejeição, solidão. Solidão? Pense nela como um presente. E em todo o resto como um teste a sua persistência. O tamanho da sua vontade de chegar lá. Você vai chegar. E vai ser melhor do que qualquer coisa que você possa imaginar. Vá até o fim. Você nunca vai estar sozinho”
Agora imagine se Cafu ou Paulo Coelho tivessem desistido de seus sonhos diante dos obstáculos e dificuldades apresentadas pela vida. Por isso quando pensar em abandonar os seus sonhos ou aquilo que faz e traz sentido a sua vida pense mais um pouco. Você jamais saberá o que iria encontrar na próxima esquina se interromper o percurso no meio do trajeto.

E para inspirá-los fiquem com a letra da música “Tente Outra Vez” de composição de Paulo Coelho e Raul Seixas:

Veja!
Não diga que a canção
Está perdida
Tenha fé em Deus
Tenha fé na vida
Tente outra vez!

Beba! (Beba!)
Pois a água viva
Ainda tá na fonte
(Tente outra vez!)
Você tem dois pés
Para cruzar a ponte
Nada acabou!
Não! Não! Não!

Oh! Oh! Oh! Oh!
Tente!
Levante sua mão sedenta
E recomece a andar
Não pense
Que a cabeça aguenta
Se você parar
Não! Não! Não!
Não! Não! Não!

Há uma voz que canta
Uma voz que dança
Uma voz que gira
(Gira!)
Bailando no ar
Uh! Uh! Uh!

Queira! (Queira!)
Basta ser sincero
E desejar profundo
Você será capaz
De sacudir o mundo
Vai!
Tente outra vez!
Humrum!

Tente! (Tente!)
E não diga
Que a vitória está perdida
Se é de batalhas
Que se vive a vida
Han!
Tente outra vez!

NAMASTÊ

O Deus que habita em mim, saúda o Deus que habita em você.
          (Texto de Autoria de Claudinei Almeida Milsone)


Obs* Fontes de Pesquisa: Revista Placar e Wikipédia



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