terça-feira, 17 de maio de 2016

AME-SE... APRENDA A AMAR A SI MESMO!

O amor parte de nós para nós mesmo e se exterioriza para o outro... Quando nos reconhecemos, nos amamos, somos também capazes de amar e reconhecer o nosso próximo, mantendo assim a energia positiva circulando ao nosso redor, harmonizando nossas vidas e os relacionamentos (consigo e com o outro).

Somos seres únicos no mundo! Cada um de nós é um ser exclusivo, especial e temos um papel fundamental nesta "organização" chamada VIDA.
Cada um com sua importância...
Cada um com sua luz própria!
Sejamos luz e que essa luz exteriorize de dentro de nós.
Ame-se, cuide-se, trate-se com carinho, com amor, se aceite e se perdoe... Esteja bem consigo, busque o autoconhecimento, aprimore e estreite esse relacionamento com seu eu, reencontre sua criança interior... Ame-se!

Podemos ter alguns cuidados para alimentar nossa alma e manter a harmonia e o equilíbrio físico, mental, espiritual, emocional e social. Por exemplo:
- Pratique atividades físicas;
- Mantenha bons pensamentos, esteja em boa sintonia, com boas vibrações;
- Medite;
- Busque o autoconhecimento, reconheça suas limitações e assuma seus erros;
- Entenda que somos os únicos responsáveis pelas nossas escolhas;
- VIVA o presente, deixe seu passado ir embora e construa seu futuro sem perder a atenção para o hoje, o aqui e agora;
- PERDOE-SE;
- Harmonize-se consigo mesmo;
- E, principalmente e sobretudo, AME-SE!
Ame-se e seja feliz!

Abraços,
Fabiane Cristina Silveira Camilo.

terça-feira, 15 de março de 2016

MEDO... MEDO DE ERRAR!

Medo... Medo de errar!

Somos responsáveis pela nossa vida! Somos responsáveis pelas nossas escolhas!
No percurso de nossa existência iremos nos deparar e ter de lidar constantemente com o medo. E entender que na vida não existe um único caminho, que não existe um único certo ou errado, já estará um passo para aprender a administrar esses medos.
A questão é: Erramos por decisões próprias ou erramos por tomarmos decisões que os outros acharam ser melhor para nós? O que é mais fácil? Administrar o medo e assumir nossas responsabilidades perante nossas escolhas ou, além de tudo isso, lidar também com a culpa por não ter tomado as rédeas da própria vida e considerar mais o que os outros pensam ser melhor para nós?
Independente do motivo que nos leva a tomar uma decisão... Tudo são escolhas nossas!
Foi escolha própria seguir por tal caminho...
Foi escolha própria aceitar a opinião alheia de seguir tal percurso...
É sempre uma escolha própria!
Todos nós temos medo/anseio do que não conhecemos, do que está por vir, e não há vergonha nenhuma nisso! Como iremos lidar com esse medo é a questão... E um dos passos para lidar com esse quesito é trazer para nós as nossas responsabilidades e nos assumirmos perante nossa vida!
Somente nós sabemos o que está em nosso íntimo e somente nós sabemos o que é melhor para nós mesmos. E esse saber garante a assertividade perante a vida, sempre? Não!
Desde a infância, aprendemos na base da tentativa e erro... Não há uma receita padrão para a felicidade!


**Quanto à culpa citada acima... Se por ventura compartilha desse sentimento, lembre-se:
Não erramos porque queremos errar! Tomamos decisões em nossas vidas que no momento nos pareciam ser assertivas, e assim, entre erros e acertos, vamos crescendo, evoluindo.
Fazemos o nosso melhor dentro daquele momento que vivenciamos... Não cabe o julgamento! Assuma suas escolhas tirando o aprendizado necessário, permitindo que esse passado fique por lá e foque no presente, no aqui e agora, construindo seu futuro dentro de suas perspectivas...
Ame-se, perdoe-se e siga adiante!
 
Abraços, 
Fabiane Cristina Silveira Camilo.

segunda-feira, 14 de março de 2016

O Caminho do Conhecimento passa pelo Princípio da Descrença




O CAMINHO DO CONHECIMENTO PASSA PELO PRINCÍPIO DA DESCRENÇA 


“Ó Homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás os Deuses e o Universo”

 (Inscrição no oráculo de Delfos, atribuída aos Sete Sábios - c.650a.C.-550 a.C.)


Devemos ouvir a todos e buscar informações,

Mas também devemos duvidar de tudo.

Quando eu duvido, eu questiono.

Quando eu questiono, eu busco as respostas.

Quando eu busco as respostas, eu aprendo.

E quanto mais eu aprendo,

Mais dúvidas surgem,

Novos questionamentos aparecem,

Outras respostas vêm à tona,

E eu chego a conclusão, parafraseando Sócrates, que eu só sei que nada sei,

No ciclo infinito do eterno aprender.

O aprendizado traz conhecimento.

O conhecimento nos dá sabedoria.

A sabedoria nos revela a verdade.

A verdade nos liberta.

E a sua libertação é a evolução de sua própria consciência,

Pois o mais SÁBIO MESTRE é aquele que está dentro de

V O C Ê !!!


Namaste – “O Deus que habita em mim saúda o Deus que habita em você”

(Texto de Autoria de Claudinei Almeida Milsone)



domingo, 6 de março de 2016

Coragem

“A coragem é a primeira das qualidades humanas, porque garante todas as outras”
(Aristóteles)

CORAGEM O ELEMENTO QUE ORIGINA E TRANSFORMA NOSSAS VIDAS

A palavra coragem, derivada do latim coraticum, pode ser conceituada como sendo a capacidade que temos de agir, mesmo diante do medo. Outra definição que gosto bastante é a que traz a coragem como sendo a firmeza de espírito para enfrentar situações difíceis.

Analisando o ser humano, pela visão holística, este seria constituído de quatro (4) corpos: corpo físico, corpo emocional, corpo mental e corpo energético. E é justamente quando somos apenas um corpo energético, que realizamos o nosso maior ato de coragem, traduzido na aventura da concepção. É da coragem que nossa vida se origina e, por isso, ela pode ser considerada a primeira das qualidades humanas, como bem assevera Aristóteles. Explica-se.

Após o orgasmo, um homem, em média, deposita no fundo da vagina da mulher, cerca de 100 a 200 milhões de espermatozoides.

Para atingir o óvulo eles têm que nadar uma distância de 20 centímetros. Neste momento, você deve estar pensando: Só isso?

Todavia, se analisarmos o tamanho de um espermatozoide, cerca de 70 micrômetros, equivalentes a 0,07 milímetros, veremos que há uma longa jornada pela frente. E não é só a distância que serve de obstáculo. O tempo também joga contra. Eles precisam realizar a travessia em menos de uma hora. Isso porque os espermatozoides possuem ph alcalino e não toleram acidez, entretanto, o ph da vagina é extremamente ácido e, neste ambiente inóspito 100% (cem por cento) dos espermatozoides morrem após esse tempo.

Como sobreviver? Primeiramente, eles têm que nadar rapidamente para alcançar o canal cervical, que corresponde a parte mais baixa do útero (colo do útero) e que produz uma substância chamada de muco cervical, que é bastante alcalino, e vai proteger todo o sêmen próximo ao colo do útero contra a acidez vaginal.

Porém, o canal cervical ao mesmo tempo que protege também cria dificuldades, pois, fisicamente, ele possui uma cavidade extremamente fina, tão fina que a cabeça do espermatozoide quase não passa. Para atravessá-lo ele tem que ser perfeito e somente os que possuem as melhores estruturas, os mais vivos e vigorosos, com ótima motilidade conseguem superar mais esse obstáculo.

Passado essa fase, vem uma decisão a tomar, vez que a mulher possui dois pares de tubas uterinas e ovários e o óvulo encontra-se somente em um deles.  Então qual direção tomar. Com certeza, muitos se perdem no caminho.

Pensa que acabou? Não.

Assim que a mulher ovula, o movimento do fluído vai da tuba para a cavidade uterina, enquanto que o movimento do fluido do espermatozoide está indo da cavidade para a tuba uterina. Neste momento, quando muitos já foram assassinados pela acidez vaginal, outros tantos se perderam no caminho e os que restaram estão ficando sem energia surge um movimento soprando em sentido contrário.

Analogicamente, seria o mesmo de você estar nadando em alto mar contra a correnteza e o vento, em condições de tempo totalmente desfavoráveis.

Talvez agora, você esteja pensando: “Isso não faz sentido algum. A vida está sendo contrária à própria vida”. Mas espere. Não se precipite, pois ainda não acabou.

Quando os poucos espermatozoides alcançam o óvulo (em média apenas 100 entre os milhões que iniciaram a viagem), somente um consegue atravessá-lo e fertilizá-lo. E logo após o seu ingresso, a zona prelúcida (camada mais externa do óvulo) se fecha e se torna impenetrável aos demais.

Acabou. Ainda não. Em seguida a fertilização, a tuba uterina continua com o fluxo no sentido do útero para que o embrião atinja a cavidade uterina e ocorra a implantação, pois caso contrário ocorre a gravidez ectópica ou tubária e nestas situações o embrião tem que ser removido.
Chegamos ao fim. Não. Chegamos ao começo de tudo.

O espermatozoide, com a carga genética do pai, une-se com o óvulo, carga genética da mãe, e se fundem em uma única célula (zigoto), que vai se multiplicando e, durante a gestação, vai formando órgãos, esqueleto, tecidos, músculos, gerando um novo ser. Finalmente alcançamos o MILAGRE DA VIDA.

Provavelmente agora você não esteja pensando mais: “Isso não faz sentido algum. A vida está sendo contrária à própria vida”, pois agora você percebeu que o ato da concepção faz todo o sentido, pois ela traz o SENTIDO DA VIDA, QUE SELECIONA SEMPRE OS MAIS CORAJOSOS, OS MELHORES E MAIS COMPETENTES.

Se no momento em que somos um simples espermatozoide tivéssemos a consciência de todos os obstáculos que teríamos pela frente, que a nossa chance de sobreviver poderia chegar a uma em 200 milhões, será que nos moveríamos do lugar. Acredito que não. Sequer iríamos querer sair do canal da uretra.

Portanto, se você é daqueles que reclama da vida, que se sente vitimizado pelas circunstâncias, que se sente derrotado ou incapaz de atingir os seus sonhos, saiba que está agindo em sentido contrário à sua essência. Você é um vencedor.

Você venceu a competição mais difícil de todos os tempos e é por isso que está lendo esse texto.

Para se ter a ideia do ato extraordinário que você realizou para poder nascer, seria o mesmo que disputar uma competição de nado, atravessando o canal da mancha com 200 milhões de competidores e sair vencedor, ou quem sabe acertar quatro (4) vezes na megasena, onde as probabilidades são de uma para cinquenta (50) milhões, ou passar em primeiro lugar em um concurso público ou vestibular, onde existissem 200 milhões de inscritos para uma vaga.

Agora você não tem mais desculpas para se lamentar. Se na época da sua concepção você ainda não tinha um corpo físico, mental e emocional, agora você tem e pode se lembrar, pode sentir e pode pensar a respeito. E a energia? A Energia continua dentro de você.

Por isso se tem vontade de fazer algo, vá e faça. Tá com medo? Vai com medo mesmo. A coragem não é ausência do medo, mas sim o agir com o enfrentamento do medo.

E para ir atrás dos seus objetivos, além de coragem, se prepare para ser o melhor, tenha foco, perseverança para ultrapassar os obstáculos e alinhe suas ações com sua mente e coração. Não entendeu a questão do alinhamento?  Vou dar um exemplo pessoal de vida.

Eu, quando tinha 17 anos, e estava para prestar vestibular, desejava fazer jornalismo e tornar-me escritor. Ao compartilhar esse desejo com meu Pai, lembro-me bem de suas palavras:

- “Meu filho, jornalismo é uma área muito difícil tem que ter apadrinhamento, você não vai ganhar dinheiro com isso. Por que não faz direito? Advogado pode trabalhar em empresas, pode ter seu próprio escritório, pode prestar concurso público. A área de atuação é grande...”  
       
E fui eu fazer Direito, ou, melhor fazer Errado.

Depois de formado, e de ter trabalhado alguns anos no ramo, me vi empregado na área comercial de um Banco.

Pois bem, meu coração me direcionava para o jornalismo com o sonho de virar escritor, minha mente (achando que teria um caminho mais fácil na advocacia ao aceitar os conselhos do meu pai) me levou ao direito e minhas ações fizeram-me trabalhar na área comercial de um banco.

E, agora, com 39 anos de idade, abandonei tudo e retomei o sonho de escritor. Posso culpar meu Pai? Não. A culpa é exclusivamente minha por não ter tido a coragem de seguir os meus sonhos quando mais jovem. E por que não o fiz? Porque não tive foco e minhas ações não estavam alinhadas com o meu coração e minha mente.

Entretanto, como dizia o saudoso Chico Xavier:

“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”.          

 Muitas pessoas vivem em circunstâncias infelizes por não tomarem a iniciativa de mudar sua situação, aprisionadas a uma falsa zona de conforto ou condicionadas ao conformismo ou conservadorismo. Porém, a única pessoa com quem você está lutando é com você mesmo.

Haja corajosamente. Se prepare e vá atrás daquilo que quer. Aventure-se, não hesite e pare de dar desculpas. Simplesmente vá lá e faça. No final, você se sentirá muito feliz por ter feito.      
Para finalizar, e fazendo minhas as palavras do grande Milton Nascimento, que junto com Fernando Brant, compôs a música – Maria, Maria – sucesso na voz de Elis Regina,

Na VIDA:

“...É preciso ter força, é preciso ter raça, é preciso ter gana sempre. Quem traz no corpo a marca, mistura a dor e a alegria. Mas é preciso ter manha, é preciso ter graça, é preciso ter sonho, sempre. Quem traz na pele essa marca possui a estranha mania de ter fé na vida”

Texto de Autoria de Claudinei Almeida Milsone
Namaste – “O Deus que habita em mim saúda o Deus que habita em você

Nota - Fonte de pesquisa sobre o ato da concepção: http://www.hospitalsaopaulo.org.br/reproducaohumana/20-centimetros



terça-feira, 1 de março de 2016

O MEDO PERANTE NOSSAS ESCOLHAS!

Conceitos formados, estigmas criados, padrões definidos impactam nossas vidas de tal maneira que, muitas vezes, nos deparamos com o medo de fugir do tradicional, do que "os outros" impõem como correto a fazer... Mas o que é correto? 

Viver nossa vida de acordo com o "senso comum" entre erros e acertos baseados na verdade alheia, ou seguir nossa vida entre erros e acertos baseados em nossas verdades? 
O medo, o receio, o anseio sempre existirá! 
Olhamos p/ trás e nos deparamos com várias situações em que o medo de tomar alguma atitude nos impactou... Em que o medo do julgamento nos impactou... Em que o medo de fugir de conceitos tradicionais nos impactou, pois ainda existem pessoas que acham que há uma única e exclusiva regrinha de como se viver, como caminhar, como existir. 
E só conseguimos chegar neste estágio de autonomia qdo nos olhamos no espelho e sentimos um amor incondicional por nós mesmos, acreditando em nós, confiantes em nossa caminhada, cientes de que (em algum momento)  podemos cair, mas confiantes da nossa força interior p/ levantar e seguir adiante! 
Uma das fases desse despertar, por vezes, é olhar p/ trás e ver tudo que não tivemos coragem de fazer por medo de fugir de paradigmas e enfrentar uma sociedade cheia de (pré)conceitos, e o quanto não enfrentar essas situações inacabadas fez com que magoássemos outras pessoas, e principalmente, nos magoássemos. Entretanto, jamais devemos culpar o outro pela nossa vida e suas respectivas consequências, pois sempre seremos responsáveis pelas nossas escolhas e pelos caminhos que decidimos seguir... 
Que tudo nos sirva de lição e que possamos (re)aprender a escrever nossa história! 
O ato de viver com autonomia é um ato de coragem, e a coragem não é a ausência do medo... É o nosso agir perante situações "difíceis", apesar de nossos medos. É a força interior que nos motiva a seguir adiante, acreditando em nós e confiante na própria caminhada.
Abraços, 
Fabiane Cristina Silveira Camilo.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Das Cores e O Preconceito Racial



“Gosto das cores, das flores, das estrelas, do verde das árvores, gosto de observar. A beleza da vida se esconde por ali, e por mais uma infinidade de lugares, basta saber, e principalmente, basta querer enxergar”.

  

AS CORES – E A MAGIA DE UM UNIVERSO COLORIDO


Em algum dia da sua vida, ao levantar-se da cama, você já agradeceu as cores? Agradeceu pelo amarelo dourado do Sol, o azul do Céu e do Mar, o verde da Natureza, o rosa e o violeta encontrado nas flores, o branco das nuvens, sem esquecer-se do vermelho, cor do coração, que transborda Amor e Paixão?

Será que em algum momento da sua existência você já parou para contemplar o espetáculo colorido que nossos olhos têm acesso diariamente e de forma gratuita? E reparou que tudo a nossa volta é repleto de cores, tornando todas as coisas mais belas?

Se a sua resposta para as perguntas acima foi não, então eu simplesmente lhe digo que nunca é tarde para começar a agradecer, pois você já imaginou o que seria um mundo sem cores? Ou se Deus tivesse criado o mundo em preto e branco ou simplesmente monocromático?

Com certeza o mundo teria um aspecto triste, pois são justamente as cores que trazem vida e alegria ao Universo. As cores estão presentes na natureza distinguindo espécies em todos os reinos: mineral, vegetal, animal e hominal. Somos agraciados com infinitas combinações de cores de cristais, flores, frutas, vegetais, animais, pássaros, entre outros; cada qual resplandecendo sua beleza através de uma ou mais combinações de cores.

No reino hominal, temos pessoas que nascem com olhos pretos, castanhos, verdes, azuis. Outros que possuem cabelo preto, castanho, branco, louro ou ruivo. Temos os índios conhecidos como pele vermelha, os povos orientais denominados de pele amarela, os europeus ou povos ocidentais, também chamados de homem branco, e os africanos ou negros, além da miscigenação existente devido ao cruzamento entre as raças. Todos fazendo parte de uma única família: A FAMÌLIA HUMANA.

Como você pode perceber, as cores se misturam no Universo resultando em uma composição bela e harmônica, que reflete a perfeição e o Amor do Criador para com seus filhos. Mas apesar da beleza das cores, infelizmente em pleno século XXI ainda temos que conviver com o preconceito racial e com pessoas que se julgam superiores, simplesmente por terem uma cor de pele diferente. Na natureza todas elas se misturam e vivem juntas, em harmonia, mas o homem prefere ignorar a beleza dessa mistura e destilar seu ódio racial, através de violência, guerras, supressão de direitos... Isso me faz lembrar a lenda do Arco-Íris, de autoria desconhecida, que segue abaixo para reflexão:

A LENDA DO ARCO-ÍRIS

Houve uma vez em que as cores do mundo começaram uma disputa entre si. Cada uma reivindicava para si que era a melhor.


A mais importante.
A mais útil.
A mais bela,
A favorita...

As cores se ostentavam, cada uma enaltecendo sua superioridade.

A disputa estava cada vez mais acirrada, quando, de repente, um flash surpreendente de um trovão iluminou tudo...

A chuva verteu implacavelmente.

As cores se encolheram de medo, enquanto procuravam ficar mais perto uma das outras.

No meio do barulho, a chuva começou a falar:

- Vocês, cores tolas, lutando entre si, cada uma tentando dominar as outras... Vocês não sabem que cada cor traz um propósito especial? Nem igual, nem diferente? Deem as mãos e venham a mim.

Fazendo como lhes fora dito, as cores se uniram e deram-se as mãos. E a chuva continuou:

- De agora em diante, quando chover, cada uma de vocês se mostrará pelo céu, em um grande arco colorido, para lembrar que se pode viver em paz. Criarão o Arco-Íris; e ele será sempre um sinal de esperança.

E assim, sempre que uma boa chuva lava o mundo, um lindo Arco-Íris aparece no céu, mostrando a amizade e a paz entre as cores.

Na música “Pensamentos”, de composição de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, temos uma passagem que vale a pena ser ressaltada, pois vem ao encontro do texto:

“E eu penso nas razões da existência, contemplando a natureza nesse mundo, onde às vezes aparente coincidências têm motivos mais profundos. Se as cores se misturam pelos campos é que flores diferentes vivem juntas, e a voz dos ventos na canção de Deus, responde todas as perguntas.”

Quando unimos nossas mãos, nossas diferenças ficam menores. Nosso poder aumenta e nos tornamos muito mais belos. Que um dia possamos alcançar a paz e viver em harmonia, assim como as flores nos campos. E, assim, se torne realidade outro trecho da música "Pensamentos", nos seguintes versos:  

“Quem me dera que as pessoas que se encontram se abraçassem como velhos conhecidos, descobrissem que se amam e se unissem na verdade dos amigos. E, no topo do Universo, uma bandeira estaria no Infinito iluminada pela força desse AMOR, luz verdadeira. Dessa PAZ tão desejada”

NAMASTÊ
O Deus que habita em mim, saúda o Deus que habita em você.


(Texto de Autoria de Claudinei Almeida Milsone)

Medo



“Viver com medo é viver pela metade. Nunca duvide de sua capacidade divina, pois se a vida tem valor é justamente pelo fato de você ter valor diante da vida. O Mundo só existe a partir da nossa experiência consciencial e isto requer ação, não omissão.”
(Claudinei Almeida Milsone)

MEDO

Medo, palavra pequena de apenas quatro (4) letras, mas tão abrangente quanto o infinito. O medo representa um estado suscitado pela consciência de um temor, receio ou perigo, que pode ser fundamentado ou irracional, real ou imaginário.

O medo parte de um princípio positivo, em especial quando nos deparamos à frente de um perigo real e fundamentado, pois ele atua em nosso corpo liberando altas doses de adrenalina. O coração passa a bombear mais sangue para os nossos tecidos e músculos, nossos pulmões, através dos brônquios, se expandem para captar mais oxigênio e se desencadeia toda uma série de reações orgânicas que nos preparam para a luta e o enfrentamento ou para a fuga, mas ambos visam à proteção do ser. É o instinto de sobrevivência falando mais alto.

Nossos ancestrais quando se deparavam nos primórdios da humanidade com feras, tais como leões, tigres ou outros animais selvagens não teriam a menor chance de sobrevivência se não fosse o medo disparar a adrenalina e desencadear as reações no organismo que os preparavam para a luta ou fuga. Imagine se ao invés de olharem para uma fera e sentirem medo eles reagissem: “Eu acho que eu vi um gatinho”, com certeza não existiríamos e nem estaríamos aqui para contar história.

Quem não se lembra do menino que perdeu o braço em um zoológico quando estava “brincando” com um leão. Talvez o sentimento de medo, comum nestas situações, o tivesse salvado do acidente, que por sorte não foi pior, pois poderia ter lhe custado a vida.

Portanto, esse medo, enquanto real e fundamentado, é importante para a preservação da espécie.

Entretanto, com o passar dos tempos e o avanço tecnológico não temos mais que nos defrontar com feras selvagens como nossos ancestrais e, em tese, não deveríamos viver em uma sociedade com tanto medo, correto?

Todavia, ocorre justamente o contrário, vivemos em uma sociedade onde um dos sentimentos mais generalizados é o medo, só que um medo doentio, negativo e limitador da essência humana. Vivemos pela metade. As pessoas hoje sofrem medo de tudo e de todos, são fobias e mais fobias.

As pessoas têm medo de perder o emprego, medo de não conseguirem pagar suas contas no final do mês, medo de não ser amadas, medo de se expor e não serem aceitas, medo de fracassar, medo de ficar doentes, medo de andar sozinhas à noite, outros com medo de andar de avião, medo de dirigir carro, medo de insetos, medo de água, etc. Há uma infinidade de medos que um ser humano pode nutrir.

Para citar alguns exemplos limitadores desses medos, tenho uma vizinha no meu edifício que não desce no mesmo elevador se alguém estiver com um cachorro, mesmo se for de porte pequeno e estiver no colo. Outra amiga, a quem admiro muito, que não viaja de avião, mesmo com a filha morando no exterior. Uma colega, que tem um medo tão grande de água, que somente de colocar a mão em um tanque já sofre com pensamentos aterrorizantes de estar se afogando. São exemplos de medos que limitam a expressão de nossa totalidade.

Nos casos de fobias, dos medos irracionais e imaginários, a cura passa justamente pelo enfrentamento do medo, pois em resumo, ou nós confrontamos nossos medos e os dominamos ou seremos dominados por eles.

Para curarmos nossos medos devemos fazer as coisas as quais temos medo, para aprender, através da nossa própria experiência, a não temê-las. A ação cura o medo. Se você ficar pensando muito: vou ou não vou, faço ou não faço, você estará alimentando o medo. As pessoas devem ser colocadas na situação temida para que o cérebro emocional se convença de que as coisas terríveis imaginadas não vão acontecer, ou seja, se alguma coisa te amedronta, te incomoda, não fuja, enfrente-a. Um ego maduro não busca segurança, ele sai da sua zona de conforto e vai viver a vida, enfrentando seus medos, arriscando-se, buscando, ousando.

Desta forma, ao contrário do que muitas pessoas fazem não devemos afastar os pensamentos assustadores e sim trazê-los à mente, à nossa consciência e desafiá-los, para serem examinados e reavaliados. Sufocar os medos e os pensamentos ruins torna-se contraproducente, pois quanto mais tentamos sufocá-los, mais eles se tornam recorrentes, pois você acredita neles, aceita como sendo seus e alimenta as emoções que se originam desse padrão mental e isso se torna um ciclo vicioso, onde as reações vão ficando cada mais fortes.

Portanto, não acredite em tudo que pensa. Nós podemos mudar nossos sentimentos de medo mudando os pensamentos que os produzem. Devemos verificar quais são nossas alternativas, colocar os sentimentos em perspectiva e reavaliá-los. Você continuará tendo pensamentos assustadores, continuará sentindo medo, mas descobrirá que você pode viver com eles, pode dominá-los ao invés de ser dominado por eles e experimentará uma sensação libertadora, pois estará vivenciando sua potencialidade e não se limitando ou vivendo pela metade.

Como já dizia Mark Twain, “Coragem é a resistência ao medo, domínio do medo, e não a ausência do medo”. Assim sendo, identifique os seus medos e os desafie. Augusto Cury, outro brilhante pensador, afirma no mesmo sentido: “Não tenha medo da vida, tenha medo de não vivê-la. Não há céu sem tempestades, nem caminho sem acidentes”.

Neste diapasão, não poderíamos deixar de trazer um poema sobre o medo, de autoria de Osho, denominado: O Rio e o Oceano.

O Rio e o Oceano
“Diz-se que mesmo antes de um rio cair no oceano, ele treme de medo.
Olha para trás, para toda a jornada, os cumes, as montanhas, o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre.
Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar. Ninguém pode voltar. Voltar é impossível na existência. Você pode apenas ir em frente. O rio precisa se arriscar e entrar no oceano. E somente quando ele entra no oceano é que o medo desaparece.
Porque apenas então o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano. Por um lado é desaparecimento e por outro lado é renascimento.
Assim somos nós. Só podemos ir em frente e arriscar. Coragem!! Avance firme e torne-se Oceano”.

Acima falamos do medo real e fundamentado, que possui um aspecto positivo de preservação da espécie, pois abrange o instinto de sobrevivência e falamos também dos medos e fobias que alimentamos, que são mais irracionais e imaginários, de aspecto negativo e limitadores da essência humana, onde a cura passa pelo enfrentamento e o domínio sobre o medo, mas não poderíamos terminar esse texto sem falar de um medo, que na minha humilde concepção é o pior que existe: O medo que o ser humano sente do outro ser humano.

Dois exemplos que retratam essa triste realidade, dentre inúmeros que poderíamos trazer, aconteceram recentemente. Em um deles, um torcedor do Santos foi morto a pauladas quando passeava tranquilamente com um amigo depois de comprar uma bebida em um posto de conveniência, simplesmente por não torcer pelo mesmo time de seus agressores.

O que fazer nesse caso? Devemos enfrentar o medo e sair com a camisa do nosso time, mesmo correndo o risco de encontrar um maluco que possa nos assassinar a pauladas pelo simples fato de não torcermos pelo mesmo time que o dele? Ou é melhor nos omitirmos, não viver nossa essência, nos limitarmos, para preservarmos nosso instinto de sobrevivência. Esse é um medo irracional e imaginário ou real e fundamentado? Quer a resposta? Eu não vou dá-la, pois nem eu sei qual é a resposta para isso. Sei que é resultado da falta de Amor, mas como incutir Amor em pessoas que ainda não aprenderam a Amar? Que ao invés de preservar a vida a destroem?

Outro fato ocorreu em Paris, onde pessoas foram mortas em vários locais, entre cafés, restaurantes e teatros, simplesmente por professarem uma crença religiosa e um estilo de vida diferente da dos seus agressores. Muitos vão falar: “Ah, são terroristas e devem ser eliminados da face da terra!” Mas aí eu penso: Quantas pessoas não foram mortas em um passado não tão distante pela Igreja na época das Cruzadas e na época da Inquisição? Isso também se deu em nome de Deus. O que fazer em tais situações? Será que uma nova guerra é o caminho para paz? Será que a paz combina com guerra e com a morte de soldados, civis e inocentes? Até quando continuaremos neste ciclo de destruição e morte? Até quando seres humanos continuarão sentindo medo de outros seres humanos? Até quando seres humanos continuarão matando outros seres humanos?

Há uma música cantada por Lenine e Julieta Venegas, chamada “Miedo”, ao qual transcrevemos alguns trechos que servem para reflexão, nesse momento de medo e dor que assola o Mundo:

O medo é uma sombra que o temor não esquiva
O medo é uma armadilha que prendeu o amor
O medo é uma alavanca que apagou a vida
O medo é uma fenda que aumentou a dor
Tenho medo de gente e de solidão
Tenho medo da vida e medo de morrer
Tenho medo de ficar e medo de escapulir
O medo é uma linha que separa o mundo
O medo é uma força que não me deixa andar
Medo que dá medo do medo que dá

Em alguns casos, parecemos ter a resposta para os nossos medos, em outros, parece que não temos resposta alguma. A isso chamamos de angústia, que é o sentimento de insegurança, inquietude, acarretado por dor, sofrimento, falta ou carência.

E essa angústia se explica pela falta e pela carência de Amor. Quando falta Amor no coração dos homens, sobram medos e angustias.

Até quando?

Quando vamos aprender a lição do Amar ao próximo como a nós mesmos?

Quando vamos nos unir ao invés de separar e dividir?

Quando deixaremos de ser Rio e nos tornaremos Oceano?


NAMASTÊ
O Deus que habita em mim, saúda o Deus que habita em você.

(Texto de Autoria de Claudinei Almeida Milsone)