quarta-feira, 30 de setembro de 2015

EDUCAÇÃO EMOCIONAL NAS ESCOLAS

EDUCAÇÃO EMOCIONAL NAS ESCOLAS

A educação hoje fornecida pelas escolas é baseada na formação intelectual dos jovens e por melhor que esta seja, ou venha a ser no futuro, é falha na construção de valores e princípios que vão formar o caráter moral do indivíduo e direcionar seus relacionamentos sociais na vida adulta, pois não aborda a questão da educação emocional, dos sentimentos e emoções que fazem parte da totalidade do ser.
Todavia, muitos irão argumentar que a educação emocional não é de responsabilidade da escola, mas sim da família. Entretanto, temos de convir que, a figura da família sofreu grandes modificações em sua estrutura com o passar do tempo. Hoje há vários tipos de família.  No mais, a maioria dos pais e responsáveis pela educação da criança e do jovem, atualmente trabalham fora e pouco tempo possuem para ficar com seus filhos e, consequentemente, cada vez mais aumentam os números de estudantes em tempo integral nas escolas.
Portanto, a educação não é de responsabilidade somente da família, ou tão somente da escola, mas da sociedade como um todo. E se observamos a realidade que nos cerca veremos que estamos falhando e, muito, na educação de nossos jovens. Se a sociedade desempenhasse com louvor e completude essa função educadora, não teríamos tantos casos de homicídios, crimes passionais, desrespeito à vida e ao meio ambiente, preconceitos, corrupção, tráfico de drogas, e tantos outros que fazem parte constante do noticiário.
Notório e sabido por todos que, quando vamos construir um imóvel iniciamos a obra sempre pela sua base, reforçando a sua fundação, para que ela seja sólida e venha a aguentar todo o peso da construção. E qual é a base do ser humano? Nada mais do que a educação que lhe foi dada quando ainda jovem. Porém, a sua base nunca será forte o suficiente para suportar o peso e os desafios da vida, enquanto estiver baseada somente na educação intelectual.
 Não conseguiremos transmitir todos os valores necessários aos jovens, enquanto continuarmos ensinando-lhe tão somente: português, matemática, geografia, biologia, inglês, educação física e demais matérias curriculares e deixarmos de lado a educação emocional, que trabalha as emoções e os sentimentos presentes em todo ser humano, tanto em seus aspectos positivos e negativos e suas consequências na vida de cada um.
Somente seremos capazes de construir indivíduos mentalmente fortes e socialmente saudáveis quando integralizarmos a educação intelectual com a educação emocional. Duas faces que se completam.
Uma pessoa com a mente forte e equilibrada reflete um ser saudável no seu aspecto emocional e social, tornando-se altamente comprometido e produtivo tanto para si quanto para seus semelhantes.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), saúde é um estado completo de bem estar físico, mental e social e não somente a ausência de afecções e enfermidades. Ninguém irá discordar que progredimos muito quanto ao completo bem estar físico. Hoje é preocupação da sociedade como um todo praticar esportes, alimentar-se de forma saudável e equilibrada. As academias vivem lotadas, os consultórios dos endocrinologistas e nutricionistas também. Alimentos naturais e orgânicos estão na moda, assim como programas que falam sobre o bem estar físico do indivíduo. Nas escolas temos na grade curricular a educação física.
Mas e quanto ao bem estar mental e social? Será que isso faz parte da nossa sociedade. Absolutamente não. Nunca na história humana tivemos tantas pessoas depressivas, usuárias de drogas ilícitas, alcoólatras, pessoas que não sabem lidar com suas emoções e sentimentos, que tem dificuldades em se relacionarem socialmente, que não conseguem conviver com suas frustrações e com os obstáculos da vida.
A história recente é rica em nos dar exemplos de pessoas altamente inteligentes, com QI(s) elevadíssimos e bem sucedidos profissionalmente que, numa simples briga de trânsito puxam o gatilho de uma arma e tiram a vida de outro semelhante; ou por crises de ciúme ou brigas domésticas matam o cônjuge e até mesmo os filhos; bem como de jovens capazes intelectualmente que agridem professores em sala de aula. E porque isso ocorre? Simplesmente pelo fato destas pessoas serem possuidoras de sentimentos e emoções desequilibradas, pois nunca ninguém lhes ensinou a educá-las. 
Desta forma, se não possuirmos um completo bem estar mental e social, a única conclusão a que podemos chegar é a de que somos doentes e vivemos em uma sociedade doente. E não se cura uma doença combatendo os seus efeitos, mas sim a sua causa e, somente a educação emocional é capaz de formar um cidadão mentalmente e socialmente são.
Se um dia pretendemos acabar com as drogas não é prendendo e punindo traficantes, mas sim educando as crianças e adolescentes quanto aos efeitos devastadores daquelas no organismo humano e as consequências prejudiciais e infelizes que causam à família e a sociedade como um todo.
Se quisermos acabar com os crimes de trânsito causados pelo álcool, não será com bafômetros, multas, apreensão da carteira de motorista e ou veículo, mas sim ensinando as crianças e adolescentes quanto aos efeitos do álcool no organismo e os prejuízos que acarretam no seio familiar, profissional e social.
Se almejarmos extinguir a violência da sociedade não será através da construção de presídios e punição dos criminosos, mas sim por meio do ensino aos jovens, nas escolas, sobre a importância do amor, do respeito ao próximo, da solidariedade, do combate ao preconceito, do expor e não impor ideias.
Neste diapasão, torna-se totalmente incongruente punir e corrigir o homem formado sem nunca o ter educado adequadamente. Não se construiu uma base firme e, a toda hora estamos consertando a fundação pelo telhado, mas esse telhado é frágil, de vidro, e está sempre caindo em nossas cabeças.
Já passou da hora de começarmos a discutir nas escolas a importância dos sentimentos e emoções positivas e os reflexos gerados em nossa vida; vamos abordar o amor, falar da humildade, discorrer sobre a solidariedade, vamos enaltecer a honestidade, a verdade, buscar caminhos para a tolerância, a ética e o respeito às diferenças, dissertar sobre a felicidade e a alegria. De que forma? Através de textos, atividades, por meio da história de personagens reais que fizeram parte da nossa história de forma positiva. Temos tantos: Jesus; Gandhi, Nelson Mandela, Martin Luther King, Ayrton Senna, Bethoven, etc.
Mas também vamos abordar, reconhecendo e combatendo, as emoções e os sentimentos negativos que, também existem dentro de nós, que geram conflitos em nossas vidas e são causados pelo: ódio, rancores e mágoas, inveja, mentira, egoísmo, orgulho, entre tantos outros que nos aprisionam e nos cegam.
Proclamemos a era da valorização da vida, estimulando a exposição e a discussão das emoções e dos sentimentos internos do ser humano. Vamos ensinar os jovens a enfrentar as dificuldades, obstáculos e frustrações da vida para que eles aceitem os desafios e encarem a realidade, ao invés de fugirem, mergulhando nos vícios de toda sorte ou na violência, para resolverem seus problemas.
A melhor medicina não é a paliativa, mas sim a preventiva. A melhor educação não á a punitiva, mas a de formação. Vamos plantar essas sementes nas escolas para germinar no futuro os frutos dos homens de caráter, mentalmente e socialmente são. E aqueles, que mesmo assim, se desvirtuarem do caminho do bem, não poderão culpar a sociedade, pois terão aprendido a exercitar o livre arbítrio e serão responsáveis pelas suas escolhas, vez que foram apresentados aos sentimentos e as emoções que fazem parte integrante do seu ser e os reflexos que cada um deles traz em sua vida.
Com a educação somente intelectual, da forma que ela se apresenta hoje nas escolas, os jovens se utilizam somente da mente racional e não se dão conta que o mundo somente pode ser percebido na sua totalidade, quando passamos também a enxergá-lo com os olhos da emoção e do sentimento, ou seja, os olhos do coração. Somente quando a educação emocional fizer parte da grade curricular dos nossos jovens é que conseguiremos alcançar um equilíbrio perfeito entre razão e emoção.
Daniel Coleman, em sua obra: “Inteligência Emocional”, aponta com propriedade ao afirmar: “Neste momento, deixamos a educação emocional de nossos filhos ao acaso, com consequências cada vez mais desastrosas. Uma das soluções é uma nova visão do que as escolas podem fazer para educar o aluno todo, juntando mente e coração na sala de aula”. 
Antoine de Saint-Exupéry, escritor francês, Autor da obra, “O Pequeno Príncipe”, resume bem esse pensamento ao afirmar:
Eis o meu segredo: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos. Os homens esqueceram essa verdade, mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."
Antevejo o dia em que todo o sistema educacional estará estruturado para levar inteligência às nossas emoções, civilidade às nossas ruas e envolvimento à nossa vida comunitária, pois estará amparado em rotinas e práticas de atividades que visam a instalação de aptidões humanas, essenciais ao despertar da consciência, do autocontrole, da empatia e das artes de ouvir, resolver conflitos e cooperar. 
E assim, em um dia qualquer, sem que nos apercebamos, estaremos abrindo um jornal, ligando uma TV, ou acessando a Internet e nossas casas estarão sendo invadidas por notícias positivas, que retratam o “Homem Equilibrado” em um mundo de Paz e de Solidariedade e não estaremos mais preocupados com os Direitos Humanos, pois teremos formados HUMANOS DIREITOS.    





GRADE CURRICULAR – MATÉRIAS QUE PODERIAM SER ABORDADAS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO EMOCIONAL.

1-    Aprendendo, através de textos e atividades em grupo, sobre sentimentos e atos positivos com definições e exemplos reais, com personagens reais:


·       Amor
·       Ética
·       Solidariedade
·       Humildade
·       Honestidade
·       Trabalho
·       Pacificidade
·       Alegria
·       Perdão
·       Paciência
·       Disciplina
·       Perseverança



2-    Reconhecendo e combatendo sentimentos e atos negativos, com definições e exemplos reais, de personagens reais.


·       Ódio
·       Rancor e Mágoa
·       Intolerância e Preconceitos
·       Inveja
·       Mentira
·       Orgulho
·       Egoísmo
·       Impaciência
·       Indisciplina
·       Preguiça



OUTROS EXEMPLOS DE MATÉRIAS A SEREM ABORDADAS

Ø  A importância do sonhar e a busca no trabalho, com perseverança e disciplina, a realização de metas e objetivos.
Ø  Como lidar com as dificuldades e obstáculos da vida e os fracassos temporários. Podemos abordar a serenidade, a aceitação da realidade, incentivando a descoberta da força interior para vencê-los. Trazer o exemplo dos atletas paraolímpicos e de pessoas que, mesmo sofrendo com alguma limitação ou deficiência são exemplos de superação.
Ø  Como lidar com a tristeza, com a saudade e a perda de entes queridos.
Ø  A importância dos Líderes Positivos. A história de líderes pacíficos que transformaram o mundo tais como: Jesus, Mandela, Gandhi, Madre Teresa, Marthin Luther King, entre outros:
Ø  Os Líderes Negativos e os prejuízos ocasionados ao mundo, decorrentes de suas ações, baseadas no ódio, na intolerância e no orgulho: Adolph Hitler, Mussolini, Osama Bin Laden, etc.
Ø  Os tipos de drogas ilícitas e seus efeitos no organismo, bem como as consequências na família e na sociedade.
Ø  As drogas legalizadas, os efeitos do álcool e do cigarro no organismo, bem como no seio familiar, profissional e social.
Ø  A corrupção como câncer social e a formação de jovens interessados em mudar a realidade política do país.
Ø  O preconceito e seus males. A intolerância ou o respeito às diferenças?
Ø  A valorização da vida e o combate à violência, através do amor e do respeito ao próximo.
Ø  Valorização da beleza interior, com o respeito às características físicas de cada um.
Ø  Trabalho em equipe. Ninguém faz nada sozinho. Como saber expor ideias, ao invés de tentar impô-las.
Ø  Trabalhos Sociais e Solidariedade. Campanhas de arrecadação de alimentos, de agasalhos, brinquedos, preservação do meio ambiente.
Estes são pequenos exemplos de infinitas matérias que poderiam ser abordadas.

O importante é darmos o primeiro passo.

Texto de Autoria de Claudinei Almeida Milsone



MUDANÇAS

MUDANÇAS

“Se você olhar à sua volta verá que todas as coisas que te fazem verdadeiramente feliz foram dadas por Deus de graça, e são representadas pelas pessoas que você ama e, que também te amam, e que estão ao seu lado nesta jornada. Por isso as ame como se não existisse amanhã, vez que não sabemos por quanto tempo estaremos por aqui. E é em razão disso que o dia de hoje se chama presente e este momento, somente este momento, é que temos para viver”.
(Claudinei Almeida Milsone).

Antes de abordarmos o assunto mudanças, torna-se necessário definirmos, primeiramente o conceito de mudança. No site queconceito.com.br (seu novo conceito em dicionário), podemos extrair um ótimo significado para palavra mudança, abordando todos os seus aspectos. Vejamos:

“Mudança é o ato de mudar, trocar ou alterar. Pode se referir tanto a uma mudança de casa, de cidade ou a uma transformação ocorrida a nível emocional ou físico. Qualquer alteração de um estado ou situação anterior a outra é uma mudança. As mudanças podem ocorrer de forma planejada ou repentinamente. Normalmente o ato de mudar supõe alterações importantes na vida do ser que sofre a mudança. É necessária uma preparação psicológica para que as mudanças sejam aceitas sem prejudicar de alguma maneira a vida dos seres envolvidos.

O ser humano passa por diversas mudanças durante sua vida: mudanças a nível hormonal, físico e de temperamento. Algumas mudanças fazem parte do desenvolvimento humano, mas outras são impostas pelas adversidades da vida como as mudanças de cidade muitas vezes impostas por questões laborais. A sociedade também está em constante mudanças. As cidades crescem e se desenvolvem efetuando mudanças na sua estrutura.

A organização política dos estados sofre mudanças periódicas com o acontecimento das eleições, onde os cidadãos fazem suas escolhas na espera de mudanças que afetem de modo positivo a vida da sociedade. O desenvolvimento tecnológico, crescente a cada dia oferece mudanças significativas em relação a procurar a melhora de vida em geral, o meio ambiente sofre mudanças diárias em razão da ação do ser humano, o ir e vir de pessoas entre cidades, estados e países diferentes provocam mudanças na estrutura social, cultural e econômica dos lugares. Ou seja, mudar faz parte da vida normal e todos são afetados por estas mudanças. Também se usa o termo mudança simplesmente para designar a troca de um lugar para habitar por outro, mesmo que seja trocar de uma casa a outra numa mesma rua.

Determinadas mudanças podem afetar profundamente os seres humanos e as vezes fica difícil passar por elas sem que se tornem um problema. Por exemplo, a mudança de uma cidade a outra pode afetar muito psicologicamente tanto a adultos como crianças. Mudar de cidade e de casa implica muito mais que arrumar suas coisas em outro quarto. Implica conhecer novas pessoas, fazer novos amigos adaptar-se a novos espaços e culturas e as vezes isso exige do ser humano força e habilidade para desenvolver-se no dia a dia”. Artigo: http://queconceito.com.br/mudanca

Determinado o conceito de mudança, vamos procurar ater-se ao seu aspecto emocional. Também, não podemos esquecer de que todas as mudanças relacionadas aos outros aspectos: físico, social, cultural, tecnológico, ambiental, de alguma forma alteram nossas emoções e sentimentos.
E neste sentido percebemos que muitas pessoas não aceitam as mudanças, se recusam a mudar ou adaptar-se à nova realidade e na maioria das vezes sofrem com isso.

No tocante a personalidade muitas pessoas dominados pelo ego e ao senso de identidade chegam, inclusive, a afirmar que são do jeito que são. Nasceram assim e pronto. Rotulam-se como serem imutáveis, inflexíveis, do tipo ame-me ou deixe-me.

 Já outras pessoas, talvez um pouco mais sábias, preferem dizer, parafraseando o poeta Raul Seixas: “Eu prefiro ser uma metamorfose ambulante do que ter uma velha opinião formada sobre tudo”.  Muitos ainda diriam: “Eu sou um ser livre, em construção, o ontem não sou mais, o hoje estou construindo aos poucos, já o amanhã bem, o amanhã será reflexo das escolhas que eu fizer no presente”.

Mas qual a razão de muitas pessoas serem resistentes às mudanças? A resposta é simples. Mudança significa transformação e quando mudamos passamos a percorrer um novo caminho e todos nós, sem exceção, temos sempre receio do novo, do desconhecido. A sensação de mudança traz, também, automaticamente, uma sensação de medo, pois saímos da nossa zona de conforto, bem como de perda de identidade daquilo que somos. Por isso, sempre se torna difícil abandonar velhos lugares, pessoas, hábitos e vícios de conduta.

Todavia, para que as mudanças realmente ocorram em nossas vidas de forma harmoniosa, torna-se necessário que não nos apeguemos àquilo que já passou (passado) e nem a algo que ainda não aconteceu (futuro), pois somente vivendo o presente, o agora, é que podemos ser felizes nesse novo caminho que está sendo construído e isso necessariamente passa pela nossa aceitação desta nova realidade, que é a de encarar a vida de mente e coração abertos.

Entretanto, a maioria de nós, seres humanos, perdemos muito tempo oscilando no meio do processo, entre o que já aconteceu e, portanto, é apenas uma lembrança do passado, e o que pode vir acontecer, que é apenas uma ideia de futuro e nos esquecemos de viver o agora, o dia presente, único momento em que realmente alguma coisa acontece.

    No filme “O Menino de Ouro” há um diálogo interessante, onde um dos personagens diz algo que se encaixa perfeitamente em nosso texto. Segue a reprodução:

“Não estou dizendo com isso que não devemos guardar espaço para as lembranças do passado ou que não devemos sonhar com o futuro. O que estou dizendo é que não se pode viver o dia de hoje no passado, porque senão o seu futuro será igual o de ontem. Também, não se pode viver no futuro, vez que assim o hoje apenas passa por você, sem nenhuma realização concreta. O único modo de ser verdadeiramente feliz é conectando-se com o momento, agindo no presente, o dia de hoje”.

Por ano, temos a oportunidade de escrever 365 capítulos de nossas vidas, isso quando não for bissexto, neste caso serão 366. A cada dia podemos aprender algo novo, evoluir um pouco mais, ajudar alguém.

Assim como nos filmes, a nossa história poderá converter-se em uma comédia ou um drama, em um romance ou suspense, em uma história de superação ou fracasso. A escolha depende somente de nós, de nossas ações e disso dependerá a forma que enxergamos o mundo e a como nos adaptamos às mudanças que a vida nos traz. Nós somos os roteiristas e diretores deste enredo e, portanto, cabe a nós a felicidade do personagem principal.

Para finalizar, saibamos que o passado já faz parte da história. O futuro, ninguém sabe como vai ser, entretanto o dia de hoje está diante de nós, ele representa uma verdadeira dádiva de Deus, por isso se chama presente. Portanto, vamos aproveitá-lo, enquanto estamos vivos no palco da vida e com forças para representar nosso PERSONAGEM.

Como afirma Dalai Lama sabiamente neste sentido:

“Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver”.


No intuito de inspirá-los, fiquem com a letra da música, “Como uma onda”, de composição de Lulu Santos e Nelson Motta:

Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa
Tudo sempre passará
A vida vem em ondas
Como um mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente
Viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo
No mundo
Não adianta fugir
Nem mentir
Pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Nada do que foi será
De novo do jeito
Que já foi um dia
Tudo passa
Tudo sempre passará
A vida vem em ondas
Como um mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente
Viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo
No mundo
Não adianta fugir
Nem mentir pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre

Como uma onda no mar
Como uma onda no mar


Texto de Claudinei Almeida Milsone

APRENDENDO A OUVIR

Aprendendo a Ouvir
“Você somente conseguirá compreender o outro, caso se permita, nem que seja por alguns minutos, se esquecer de si”.
(Claudinei Almeida Milsone)

Quando nos propomos a prestar atenção ao que o outro fala, sem auferir julgamentos, sem realizar interrupções, deixando nosso orgulho de lado, estamos agindo como bons ouvintes e, consequentemente, realizando um ato de amor.
Para realmente ouvirmos alguém é necessário antes assumirmos uma posição de humildade. Quantas vezes fingimos ouvir uma pessoa enquanto nossos pensamentos se encontram em outros lugares. Quantos maridos não fazem isso com suas esposas, balançando a cabeça positivamente, mas no fundo não estão prestando atenção em nada do que elas estão falando.
E quando nossos filhos vêm nos contar algo dentro das experiências relativas à idade deles e julgamos aquilo sem importância, pois estamos com a cabeça presa nos problemas do trabalho, naquilo que teremos de realizar no dia seguinte ou nas contas que temos que pagar, achando que tudo isso é mais importante do que aquilo que nosso filho tem para nos dizer. Esquecemo-nos de que também já fomos crianças e adolescentes um dia. E eu pergunto: Será que existe algo mais importante em nossas vidas, do que os nossos filhos?
E outras tantas vezes, que alguém vem nos relatar um problema e o interrompemos para contar o nosso, acrescentando uma escala maior de sofrimento. Quantos não chegam a dizer: “Você acha isso problema, deixa eu te contar pelo que eu estou passando, que você vai chorar”. Agimos como se estivéssemos disputando o prêmio de Maior Vítima do Ano ou, em outras situações, que nem esperamos a pessoa terminar e como se fôssemos mágicos, já apontamos para a resolução do problema: “Faz assim ou assado para você ver como as coisas vão mudar”. Na maioria das vezes não temos soluções nem para os nossos próprios problemas, mas quando o problema é do outro, em 100% porcento dos casos sabemos a solução. 
Sem mencionar as ocasiões em que um amigo nos relata uma dificuldade que está tendo no relacionamento com o cônjuge e ou filhos e de pronto rebatemos: “Ah! Você dá muita moleza para ele ou para ela, parece “besta”, começa tratar desta ou daquela forma e você vai ver como ele (a) entra na linha”. Por quanto tempo continuaremos a nos iludir de que podemos mudar ou moldar outra pessoa.  A única pessoa que podemos modificar é a nós mesmos, pois só temos poder sobre o nosso eu não sobre o eu do próximo. 
 Isso ocorre frequentemente porque não ouvimos os outros para compreender, ouvimos para reagir. E o que devemos fazer para corrigir esse defeito, afinal, se temos dois ouvidos e apenas uma boca, é para ouvir mais e falar menos.
Temos que nos atentar que, na maioria das ocasiões, as pessoas somente querem desabafar seus problemas, compartilhar experiências, ou seja, querem ser ouvidas. Nossas opiniões e conselhos somente serão importantes para aquela pessoa caso ela venha a nos pedir, aí sim, poderemos falar, mas neste caso não estaremos reagindo de forma arrogante, vaidosa e orgulhosa, como nos exemplos relatados acima, mas sim agindo com humildade, pois estaremos atentos ao ato de ouvir e só passaremos a falar quando a outra pessoa pedir nossa opinião.
 Rubem Alves, um dos maiores escritores e educadores contemporâneos deste País, infelizmente já falecido, explana com sabedoria acerca do assunto no artigo de sua autoria “A Escutória”, publicado no Jornal Correio Popular, em 09/04/1999, e indica alguns caminhos que podemos seguir para nos tornarmos melhores ouvintes. Abaixo, destacamos alguns trechos do texto:
"Não é bastante ter ouvidos para se ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma. Escutar é complicado e sutil. Daí a dificuldade: a gente não aguenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor. No fundo somos todos iguais. Certo estava Lichtenberg – "Há quem não ouça até que lhe cortem as orelhas." Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil da nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos...”
Eu ainda complementaria: “somos os mais bonitos..., logo os mais orgulhosos”.
Eu reconheço minha surdez e meu orgulho, mas sei que não estou sozinho no mundo. Acredito que mais de 99% da população mundial sofra deste mesmo mal. E quando reconhecemos esse defeito em nós, estamos dando o primeiro passo para abrir os ouvidos da alma.
Rubem Alves também faz a seguinte afirmação, no mencionado texto:
"Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciando curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória. Mas acho que ninguém vai se matricular".
Entendo eu que, além da dificuldade em encontrar alunos interessados em se matricular para o curso de escutatória, tão difícil quanto, seria achar um professor para ensinar.
Continuando, Ruben Alves, no mesmo artigo, faz a seguinte citação, traçando um paralelo entre o saber escutar e a essência da experiência religiosa:
“Somente aprendemos ouvir praticando o silêncio, talvez, essa seja a essência da experiência religiosa – quando ficamos mudos, sem fala. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes, ouvimos a melodia que não havia que de tão linda nos faz chorar. Pra mim Deus é isso: a beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também. Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto”
Para finalizar, quantas vezes já não ouvimos alguém comentar que a verdadeira paz e harmonia entre os homens só é possível de alcançar através do diálogo. Então, porque ainda existem tantos desentendimentos familiares, profissionais, tantas guerras entre países? Simples, pelo fato do ser humano confundir o conceito de diálogo como sendo o ato de falar, de argumentar, de expor ideias. Todavia, a verdadeira essência do conceito do diálogo está em saber ouvir o outro, não para julgá-lo, mas para compreendê-lo e, para isso precisamos que nossa alma esteja em silêncio, refletindo amor e humildade. Quando a humanidade atingir esse grau evolucionário, todos os desentendimentos e todas as guerras não passarão de lendas remotas contadas nos livros de história. 
Para inspirá-los, fiquem com a letra traduzida da música “The Sound of Silence” (O Som do Silêncio), composta por Paul Simon:


The Sound Of Silence
Hello darkness, my old friend
I've come to talk with you again
Because a vision softly creeping
Left its seeds while I was sleeping
And the vision that was planted in my brain
Still remains within the sound of silence

In restless dreams I walked alone
Narrow streets of cobblestone
'Neath the halo of a street lamp
I turned my collar to the cold and damp

When my eyes were stabbed
By the flash of a neon light
That split the night
And touched the sound of silence

And in the naked light I saw
Ten thousand people, maybe more
People talking without speaking
People hearing without listening

People writing songs
That voices never share
And no one dare
Disturb the sound of silence

"Fools" said I, "you do not know
Silence like a cancer grows
Hear my words that I might teach you
Take my arms that I might reach to you"
But my words like silent raindrops fell
And echoed in the wells of silence

And the people bowed and prayed
To the neon God they made
And the sign flashed out it's warning
And the words that it was forming

And the sign said
"The words of the prophets
Are written on the subway walls
And tenement halls"
And whispered in the sound of silence


O Som do Silêncio
Olá, escuridão, minha velha amiga
Vim conversar com você de novo
Porque uma visão um pouco arrepiante
Deixou sementes enquanto eu dormia
E a visão que foi plantada em meu cérebro
Ainda permanece dentro do som do silêncio

Em sonhos sem descanso eu caminhei só
Em ruas estreitas de paralelepípedos
Sob a luz de uma lâmpada de rua
Levantei minha lapela para me proteger do frio e umidade

Quando meus olhos foram apunhalados
Pelo brilho de uma luz de neon
Que rachou a noite
E tocou o som do silêncio

E na luz nua eu vi
Dez mil pessoas, talvez mais
Pessoas falando sem dizer
Pessoas ouvindo sem escutar


Pessoas escrevendo canções
Que vozes jamais compartilharam
E ninguém ousava
Perturbar o som do silêncio

"Tolos" disse eu, "você não sabe
Silêncio é como um câncer que cresce
Me escute que eu posso ensinar você
Pegue o meu braço que eu posso estender ele para você"
Mas minhas palavras caíam como gotas silenciosas de chuva
E ecoavam nos poços do silêncio

E as pessoas se curvavam e rezavam
Ao Deus de neon que elas criaram
E a placa mostrou o seu aviso
Nas palavras que formava

E a placa dizia
"As palavras dos profetas
Estão escritas nas paredes do metrô
E nos corredores dos cortiços"
E sussurradas no som do silêncio


Texto de Claudinei Almeida Milsone

PERSEVERANÇA


Seja um grande empreendedor.
Se empreender, não tenha medo de falhar.
Se falhar, não tenha medo de chorar.
Se chorar, repense sua vida, mas não recue.
Dê sempre uma nova chance para si mesmo.
 (Augusto Cury) 


PERSEVERANÇA


A palavra perseverança vem do latim “perseverantĭa”. Podemos defini-la como sendo a ação e o efeito de perseverar, ou seja, o ato de se manter constante e firme ao longo de um projeto já iniciado, perante uma determinada atitude, mesmo que o objetivo seja difícil de concretizar e, por mais adversas que sejam as circunstâncias envolvidas.

A vida nos traz inúmeros exemplos de pessoas que alcançaram suas metas, ultrapassando todos os obstáculos por não terem desistido de seus sonhos e nem sucumbido aos nãos que receberam da vida, que recomeçaram tantas vezes quantas foram necessárias e, através do foco e da disciplina, alcançaram o sucesso. Abaixo vamos citar dois casos, entre milhares que poderíamos destacar.

Caso 1- Marcos Evangelista, tinha atingido 15 anos, a idade em que a maioria dos garotos pobres começa a trabalhar para ajudar no orçamento da casa. Os irmãos mais velhos já davam duro. Marcelo era envernizador de móveis e Maurício trabalhava de entregador para a empresa alimentícia Pullman. Os amigos diziam que ele deveria tentar um emprego de office-boy. Não foi o que Marcos fez. Pôs as chuteiras debaixo do braço e decidiu tentar a sorte num grande clube. Fez nove peneiras e acabou dispensado das nove.

Começou no time do coração, o São Paulo. Levou um cartão de recomendação de Pedro Rocha e jogou quinze minutos pela ponta-direita. O treinador, Firmo de Mello, responsável pelo quadro infantil, olhou, olhou e sentenciou: "Você é bom, mas aqui só tem jogador de seleção". Marcos insistiu uma segunda vez, agora escoltado pessoalmente por Rocha. Treinou 20 minutos e, de novo, viu o dedo do treinador balançar feito limpador de para-brisa. "Fiquei mordido", conta ele. Voltou mais uma vez. Firmo encarou o garoto: "Não te conheço de algum lugar"? Conhecia. O ano terminou com Marcos cada vez mais longe dos gramados.

                  Marcos estava parecendo farinha. Passava pelas peneiras e não parava em nenhuma. Cara de pau, ele chegou a insistir uma vez mais com o São Paulo. "Você de novo!", recepcionou o velho conhecido Firmo de Mello, agora treinador do juvenil. "Oi e tchau". Já que não o queriam no São Paulo, o jeito era tentar outro time. Com um cartão de recomendação de Ivair, o Príncipe, estrela da Portuguesa nos anos 60 e professor da escolinha Crack, Marcos rumou numa segunda-feira para a peneira do Canindé. Só que passou a tarde toda esperando a oportunidade no alambrado. Voltou terça, quarta, quinta e sexta. “Pichu”, treinador à época, pediu que ele retornasse na semana seguinte. Não é que ele voltou mesmo?! Depois de um rápido bate-bola, adivinhe, ele acabou dispensado.

A história se repetiu no Palmeiras, Corinthians e Atlético Mineiro. Marcos já pensava em desistir quando recebeu um recado de Wanderley, ex-professor da Crack, escolinha de futebol onde ele jogava. O amigo estava treinando o Nacional, um time da divisão intermediária da capital paulista, e tinha arrumado uma vaga para ele no juvenil. Marcos, nem precisou fazer teste. Virou titular de cara.

Mas o azar continuou a lhe perseguir naquela época. Adivinhe quem seria o seu treinador no Nacional? Pichu, o mesmo homem que o havia barrado na peneira da Portuguesa. "Ele me olhava, olhava e não reconhecia", lembra Marcos. No começo, até deu para virar titular. Mas só no começo. Era o efeito Pichu de novo. E Pichu tirou o jogador do time e depois do clube, ao dispensá-lo.

Na época restou a Marcos vestir a camisa do Guarani do Jardim Irene. Logo sua fama se espalhou pela zona sul de São Paulo. Foi quando João Alemão, técnico que reivindica a descoberta do craque, foi observá-lo, atuando em campo: "Falaram de um garoto magrinho que jogava um bolão. Fui assistir a três jogos e vi que Marcos era um talento", conta João Alemão. Alemão não perdeu tempo e levou a jovem promessa para o seu time, o Itaquaquecetuba, da terceira divisão do futebol paulista. Como lá existiam outros dois Marcos, era preciso rebatizar aquele rapaz. Primeiro, virou Cafuringa, por ser tão rápido quanto o ponta do Fluminense, das décadas de 60 e 70. Depois, Cafuringa virou Cafu e, em pouco tempo, o azar começou a largar o pé do menino.

Marcos Evangelista de Morais, mais conhecido como Cafu (São Paulo7 de junho de 1970), é um ex-futebolista brasileiro. Ele é o recordista de jogos pela Seleção Brasileira, com 149 partidas. Fez parte das equipes vencedoras das Copas do Mundo de 1994 e 2002, sendo que na última levantou o troféu como capitão, além de ter disputado as copas de 1998 e 2006. É o único jogador no planeta a ter disputado três finais consecutivas de Copa do Mundo (1994, 1998, 2002).

 Cafu, também é o jogador brasileiro com mais partidas disputadas em Copa do Mundo: entrou em campo 20 vezes, além de ser recordista mundial em número de vitórias em Copas, totalizando 16 vitórias. Em 2001, Cafu criou sua própria Fundação, onde atende jovens carentes do Jardim Irene e bairros vizinhos, promovendo vários projetos de desenvolvimento e inclusão social. 

Pergunta: Alguém teria conhecido a história de Cafu se ele não tivesse perseverado em seu objetivo?
Caso 2- Paulo Coelho. Nascido numa família de classe alta, Paulo, desde muito novo, gostava de escrever e mantinha um diário. No colégio, participava de concursos de poesia e cursos de teatro. No entanto, seu pai queria que ele fosse engenheiro, e sua mãe desestimulava Paulo a seguir a carreira de escritor. As brigas com os pais eram constantes e Paulo teve muitas crises de depressão e raiva na adolescência, tendo sido internado três vezes em uma clínica, onde foi tratado por psicólogos.
Na década de 1960, entra para o mundo do teatro, como diretor e ator, criando peças voltadas ao teatro experimental e de vanguarda, mas obtendo pouca expressividade. No início da década seguinte, em 1970, Paulo entra de cabeça no movimento hippie, além de diretor e ator teatral, exerce também a função de jornalista em publicações alternativas com as revistas "A Pomba" e "2001", quando em 1972 conhece Raul Seixas, então executivo da gravadora CBS. Os dois se tornam parceiros em diversas músicas que exerceriam influência no rock brasileiro.  Compõe também para diversos intérpretes, tais como Elis Regina, Rita Lee e Rosana Fienngo, mas sem nunca abandonar o sonho de se tornar escritor.
A edição do seu primeiro livro foi em 1982, Arquivos do inferno, que não teve repercussão desejada. Lançou o seu segundo livro O Manual Prático do Vampirismo em 1985, que logo mandou recolher, considerando o trabalho de má qualidade. Conforme suas próprias palavras, confessa: "O mito é interessante, o livro é péssimo".
Em 1986, Paulo Coelho conheceu a viagem de peregrinação pelo Caminho de Santiago. Percorreu quase 700 km do sul da França até a cidade de Santiago de Compostela, na Galiza, experiência de que retirou detalhes para o seu livro O Diário de um Mago, editado em 1987.
No ano seguinte, 1988, publicou O Alquimista. Curiosamente, um ano antes a obra fora recusada por um editor que o achara ruim. Paulo não desistiu e encontrou quem apostasse na obra e, apesar de sua lenta vendagem inicial o que provocou a desistência do seu primeiro editor, se transformaria no livro brasileiro mais vendido em todos os tempos; Desde então, o livro não saiu da lista dos mais vendidos do jornal The New York Times. O Alquimista é um dos mais importantes fenômenos literários do século XX. Chegou ao primeiro lugar da lista dos mais vendidos em 18 países e vendeu, até o momento, mais de 65 milhões de exemplares. Nos anos subsequentes, foram lançados os seguintes livros: Brida (1990), As Valkírias (1992), Na Margem do Rio Piedra Eu Sentei e Chorei (1994), Maktub (1994), O Monte Cinco (1996), Manual do Guerreiro da Luz (1997), Veronika Decide Morrer (1998), O Demônio e a Srtª Prym (2000), Histórias para Pais, Filhos e Netos (2001), Onze Minutos (2003), O Gênio e as Rosas (2004), O Zahir (2005), A Bruxa de Porto bello (2006), Ser Como o Rio Que Flui (2006), O Vencedor Está Só (2008), O Aleph (2010), Fábulas (2011), Manuscrito Encontrado em Accra (2012), Adultério (2014).
Como escritor, ocupa as primeiras posições no ranking dos livros mais vendidos no mundo. Vendeu, até hoje, um total de mais de 100 milhões de livros, em mais de 150 países, tendo suas obras traduzidas para 66 idiomas e sendo o autor mais vendido em língua portuguesa de todos os tempos, ultrapassando até mesmo Jorge Amado, cujas vendas somam 55 milhões de livros.
Em 25 de julho de 2002, Coelho foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. A instituição tinha um histórico de rejeitar autores de sucesso, ditos "populares" - e dela ficaram fora Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Moraes, Mário Quintana e outros tantos autores reconhecidos.
Em setembro de 2007, a ONU nomeou o escritor Paulo Coelho seu novo "Mensageiro da Paz", ao lado da princesa jordaniana, Haya, do maestro argentino-israelense Daniel Barenboim e da violinista japonesa Midori Goto. O anúncio foi feito durante a cerimônia de comemoração do Dia Internacional da Paz, na sede da ONU em Nova Iorque presidida pelo secretário-geral da entidade, Ban Ki-moon.
"Aceito com gosto esta responsabilidade e me comprometo a fazer o máximo para melhorar o futuro desta e das próximas gerações", declarou o escritor brasileiro ao saber de sua nomeação. Os Mensageiros da Paz são designados pessoalmente pelo secretário-geral das Nações Unidas, com base em seu trabalho em campos como artes plásticas, literatura ou esporte, e seu compromisso de colaborar com os objetivos da ONU.
Para perseveremos em um objetivo é necessário que sua realização venha a trazer sentido para nossas vidas, devemos desejar profundo, pois como diria o próprio Paulo Coelho, na obra o Alquimista: “Quando você quer alguma coisa, todo o universo conspira para que você realize o seu desejo”, ou, como diz Bill Gates, fundador da Microsoft, em uma de suas frases: “Tente uma, duas, três vezes e se possível tente a quarta, a quinta e quantas vezes for necessário. Só não desista nas primeiras tentativas, a persistência é amiga da conquista. Se você quer chegar aonde a maioria não chega, faça o que a maioria não faz”.

Recentemente, uma rede bastante conhecida de postos de combustíveis, lançou uma propaganda bastante inspiradora sobre perseverança, cujos dizeres transcrevemos abaixo:

“Se você for tentar, vá até o fim. Se não nem comece. Vá até o fim. Isso pode significar perder amores, amigos, empregos e talvez até a cabeça. Vá até o fim. Isso pode significar três ou quatro dias sem comer. Isso pode significar congelar em um banco de parque. Isso pode significar deboche, rejeição, solidão. Solidão? Pense nela como um presente. E em todo o resto como um teste a sua persistência. O tamanho da sua vontade de chegar lá. Você vai chegar. E vai ser melhor do que qualquer coisa que você possa imaginar. Vá até o fim. Você nunca vai estar sozinho”
Agora imagine se Cafu ou Paulo Coelho tivessem desistido de seus sonhos diante dos obstáculos e dificuldades apresentadas pela vida. Por isso quando pensar em abandonar os seus sonhos ou aquilo que faz e traz sentido a sua vida pense mais um pouco. Você jamais saberá o que iria encontrar na próxima esquina se interromper o percurso no meio do trajeto.

E para inspirá-los fiquem com a letra da música “Tente Outra Vez” de composição de Paulo Coelho e Raul Seixas:

Veja!
Não diga que a canção
Está perdida
Tenha fé em Deus
Tenha fé na vida
Tente outra vez!

Beba! (Beba!)
Pois a água viva
Ainda tá na fonte
(Tente outra vez!)
Você tem dois pés
Para cruzar a ponte
Nada acabou!
Não! Não! Não!

Oh! Oh! Oh! Oh!
Tente!
Levante sua mão sedenta
E recomece a andar
Não pense
Que a cabeça aguenta
Se você parar
Não! Não! Não!
Não! Não! Não!

Há uma voz que canta
Uma voz que dança
Uma voz que gira
(Gira!)
Bailando no ar
Uh! Uh! Uh!

Queira! (Queira!)
Basta ser sincero
E desejar profundo
Você será capaz
De sacudir o mundo
Vai!
Tente outra vez!
Humrum!

Tente! (Tente!)
E não diga
Que a vitória está perdida
Se é de batalhas
Que se vive a vida
Han!
Tente outra vez!

NAMASTÊ

O Deus que habita em mim, saúda o Deus que habita em você.
          (Texto de Autoria de Claudinei Almeida Milsone)


Obs* Fontes de Pesquisa: Revista Placar e Wikipédia